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CAPARAÓ |
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Professores em Designação Temporária (DTs) de Muniz Freire, no Sul do Espírito Santo, realizaram um "apitaço" na manhã desta terça-feira (27), em frente à Prefeitura Municipal, em protesto contra atrasos e cortes de benefícios. O ato ocorreu no segundo dia da greve parcial da categoria, que desde segunda-feira (26) adota a chamada “operação tartaruga”, com 50% do quadro de professores paralisado.
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Vestidos com camisas pretas e empunhando cartazes, os manifestantes entoaram gritos de “Fora Dito”, em referência ao prefeito da cidade, Dito Silva (PSB), reeleito com mais de 6 mil votos, cerca de 54,6% do total. Frases como “Juntos somos mais fortes” e “Professor é peça central no processo educativo” marcaram o protesto.
De acordo com Aquiles de Azevedo, advogado que representa a Comissão de Greve, a paralisação é resultado de reivindicações previstas em lei que, segundo a categoria, não foram atendidas pela administração municipal. Entre elas está o pagamento do auxílio combustível, que está atrasado há oito meses. O benefício é destinado a professores que atuam em escolas distantes de suas residências.
Outro ponto criticado pelos grevistas é a diferença salarial em relação ao piso nacional do magistério. Segundo a Comissão de Greve, o piso para uma jornada de 25 horas semanais é de R$ 3.042,35, mas os DTs de Muniz Freire recebem cerca de R$ 2,5 mil.
Além disso, a forma como os salários vêm sendo pagos gerou indignação. De acordo com documentos obtidos pela reportagem, os vencimentos estão sendo creditados via Pix, sem registro em contracheque e sem qualquer controle visível no portal da transparência do município. A ausência de fiscalização sobre os valores, beneficiários e referência dos pagamentos viola dispositivos da Lei de Acesso à Informação (LAI).
No último dia 14 de maio, uma assembleia geral da categoria discutiu e aprovou as pautas de reivindicações. Na ocasião, os professores optaram pela greve parcial em formato de “operação tartaruga”, para evitar a paralisação completa das atividades escolares.
A Prefeitura de Muniz Freire ainda não se pronunciou oficialmente sobre o protesto e as reivindicações dos professores até a última atualização desta reportagem.
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