SAÚDE

 

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ES é líder em casos de câncer de colo de útero no Brasil

Bom Jesus do Norte, Iconha, Mimoso do Sul, Presidente Kennedy e Vargem Alta são os municípios que mais registram casos da doença.

Da Rede M1 - por Redação
11/10/2023 - 12h40 - Atualizado em 11/10/2023 - 12h55

ES é líder em casos de câncer de colo de útero no Brasil - Foto: Reprodução/Internet

O Espírito Santo é o líder em casos de câncer de colo de útero no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de colo de útero tem uma estimativa de 260 novos casos/ano. Além disso, tem a maior taxa de mortalidade da região sudeste, com uma média de 5,12 óbitos em 100 mil habitantes, sendo a taxa do Brasil de 4,51.


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Os municípios de Bom Jesus do Norte, Iconha, Mimoso do Sul, Presidente Kennedy e Vargem Alta são onde mais registraram casos da doença nos últimos anos.

Para reverter esse quadro o Laboratório Central de Saúde Pública do Estado do Espírito Santo (Lacen/ES) iniciou a implementação de uma nova tecnologia ao Sistema Único de Saúde (SUS) capixaba que auxilia na detecção da carga viral do Papilomavírus Humano (HPV), que está associado ao desenvolvimento da quase totalidade dos cânceres de colo de útero. O processo acontece por meio de testes moleculares para a detecção de HPV oncogênico pelo exame PCR.

Lacen/ES implementa nova tecnologia para prevenção ao câncer do colo de útero no Estado - Foto: Divulgação/SECOM

De acordo com a médica patologista do Lacen/ES, Ana Maria Gonçalves Cruz, responsável pela pesquisa, a alta taxa de mortalidade no Estado comparada à região sudeste e à média nacional, chamou atenção dos profissionais do laboratório e suscitou os trabalhos para a utilização da nova tecnologia. “Acredito que o uso de PCR em tempo real para detecção do HPV, junto com a citologia, pode melhorar a acuidade do rastreio do câncer do colo uterino e, consequentemente, a prevenção da doença e o tratamento precoce”, disse.

Como funciona a testagem
Os testes moleculares de HPV detectam a presença de DNA dos tipos mais frequentemente encontrados no câncer do colo do útero. Isso não significa que vai desenvolver a doença, mas aponta para à estratégia de saúde os cuidados que a mulher deve seguir, como a indicação para investigação dos casos por outros métodos complementares, utilizando a citologia ou a biopsia, por exemplo, par confirmação ou negativação.


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A utilização desses métodos tem como objetivo principal realizar o rastreamento de forma a detectar mais precocemente, lesões precursoras e o câncer inicial. Por se tratar de uma nova política implementada pelo Ministério da Saúde, cuja efetivação aos estados brasileiros data 180 dias desde a publicação da portaria pelo órgão federal, aguarda-se a publicação do protocolo a ser seguido.

Inicialmente, a estratégia priorizou os cinco municípios com maiores taxas de mortalidade pela doença para triagem primária com busca ativa de mulheres de 30 a 80 anos. Essas realizarão o exame citopatológico e de HPV.

Para a superintendente da Regional Sul de Saúde, Samilla Figueira, a inclusão dessa tecnologia no escopo de procedimentos oferecidos pelo SUS na região auxiliará na melhoria dos números e indicadores. “Acreditamos na mudança do nosso cenário em relação ao câncer de colo de útero e na otimização dos serviços prestados à nossa população, e sabemos que a parceria com o Lacen é fundamental nesse processo”, destacou.

Sensibilização e acesso
As testagens acontecem com apoio da Superintendência Regional Sul de Saúde e dos 26 municípios que a compõem, e atenderão em torno de 25 mil mulheres acima de 30 anos que vivem na região.

Câncer de Colo de Útero
O câncer do colo do útero é um tipo de câncer que demora muitos anos para se desenvolver. As alterações das células que dão origem ao câncer do colo do útero são facilmente descobertas no exame preventivo. Conforme a doença avança, os principais sintomas são sangramento vaginal, corrimento e dor.

Além da infecção por HPV, majoritariamente relacionada aos casos de câncer de colo do útero, fatores ligados à imunidade, genética e ao comportamento sexual podem influenciar o desenvolvimento de lesões pré-cancerígenas.



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