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Entenda como funciona o protocolo em pacientes com morte encefálica

A morte encefálica ocorre quando há ausência de função do cérebro e tronco encefálico, de caráter irreversível.

Da Rede M1 - por Rômulo Muri
07/09/2023 12h30 Atualizado em 07/09/2023 12h55

Entenda como funciona o protocolo em pacientes com morte encefálica — Foto: Reprodução/Internet

O protocolo de morte encefálica é considerada, pelo Conselho Federal de Medicina, de caráter urgente. Por esse motivo, ele é preciso e padronizado, para que possa ser realizado por todos os médicos no Brasil.


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As causas que levam à morte encefálica no Brasil que são o AVC, lesão hipóxico-isquêmica pós parada cardiorrespiratória e o trauma cranioencefálico (TCE), eventos de frequência no país.

O que é uma morte encefálica?

A morte encefálica ocorre quando há ausência de função do cérebro e tronco encefálico, de caráter irreversível, determinada por critérios neurológicos. É um estado legalmente reconhecido como definidor de morte pela Constituição Brasileira, desde 1992.

Com isso, seguirá da falência dos demais sistemas orgânicos, até culminar com a parada cardiorrespiratória, fazendo parte de um fluxo que não é possível de ser revertido e inexorável.

O sistema nervoso central cumpre um papel essencial à integração e coordenação do funcionamento dos demais órgãos e sistemas, desse modo sua falência irreversível é incompatível com a vida.

A morte cerebral deve ser avaliada em todos os pacientes suspeitos. Situações que indicam suspeita são: coma não reativo e ausência de reflexos de tronco.

A família deve ser avisada desta possibilidade desde o início da desconfiança e o Centro Estadual de Transplantes deve ser notificado.

Para determinar este diagnóstico, precisam ser realizados alguns pré-requisitos, sendo eles:

  • Estabelecer lesão encefálica de causa irreversível, conhecida e capaz de causar morte cerebral;
  • Ausência de fatores tratáveis que possam confundir o diagnóstico, como a intoxicação exógena ou efeito de psicotrópicos;
  • Tratamento e observação em hospital por ao menos 6 horas. Nos casos de lesão hipóxico-isquêmica, deve-se esperar 24 horas;
  • Temperatura >35 ºC e Pressão Arterial sistólica (PAS) > 100 mmHg ou Pressão arterial média (PAM) > 65 mmHg (em maiores de 16 anos).


Como é o protocolo de morte encefálica?

Como vai ser detalhado em 3 condições em que se realiza os testes para a Morte Encefálica: coma não perceptivo, ausência de reatividade supraespinhal e apneia persistente.

  • 1. Estabelecimento de lesão encefálica com causa conhecida e irreversível;
  • 2. Exclusão de causas tratáveis;
  • 3. Tratamento e observação em ambiente hospitalar por ao menos 6 horas;
  • 4. Temperatura >35°C e PAS >100 mmHg ou PAM > 65 mmHg em maiores de 16 anos;
  • 5. Exame clínico;
  • 6. Teste de Apneia;
  • 7. Exames Complementares;


Quanto tempo uma pessoa sobrevive com morte cerebral?

Varia muito dependendo do contexto do paciente. O processo de morte não acomete todos os sistemas ao mesmo tempo.

Terminadas as realizações dos exames, devem ser anotados no prontuário do paciente os achados. A declaração de morte encefálica devem ser assinados por todos os médicos que participaram do processo diagnóstico.

Além disso, hora do óbito é assinada como o horário em que foi completado o processo de morte encefálica.


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