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Dia Mundial do Café: Brasil é o maior produtor mundial e o segundo maior consumidor da bebida

Segundo a Organização Internacional do Café, o mundo produziu entre outubro de 2021 e setembro de 2022, 170,83 milhões de sacas de 60 quilos.

Da Rede M1 - por AgroTimes
14/04/2023 - 9h08 Atualizado em 14/04/2023 - 9h08

O Brasil é maior produtor e exportador de café do mundo - Foto: Reprodução/Forbes

Nesta sexta-feira (14) é comemorado o “Dia Mundial do Café”, e o Brasil, maior produtor e exportador de café do mundo, dá início aos preparativos para a colheita da produção.

Com uma área destinada à cafeicultura, com a as variedades arábica e conilon totalizando 2,26 milhões de hectares em 2023, a produção brasileira de café pode atingir 54,94 milhões de sacas do grão beneficiado, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).


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Segundo a Organização Internacional do Café (OIC), o mundo produziu, entre outubro de 2021 e setembro de 2022, 170,83 milhões de sacas de 60 quilos e consumiu 164,9 milhões de sacas. O Brasil é o segundo maior consumidor de café no mundo, atrás somente dos Estados Unidos.

Maior produtor mundial do grão, o Brasil exportou cerca de 2,2 milhões de toneladas, o equivalente a 39,4 milhões de sacas de café, em 2022, com embarques para 145 países, com destaques os destinos dos Estados Unidos e Alemanha, seguidos por Itália, Bélgica e Japão.

O preço elevado do café no exterior permitiu que a exportação do produto (café verde, solúvel e extratos) alcançasse US$ 9,2 bilhões, no ano passado.

Ciclo do café no Brasil
O café está presente na história do Brasil desde o século XIX, na época do Império. Após os ciclos econômicos do pau-brasil, da cana-de-açúcar e do ouro, o ciclo do café, que vai até o século XX, representou a maior fonte de riqueza do país e o principal produto de exportação.

O café chegou ao Brasil em 1727, entrando pelo Pará e cultivado na cidade de Belém. Nos anos seguintes, foi levado para o Maranhão e para o Rio de Janeiro, onde foi cultivado para consumo doméstico.

Levado para terras da Serra do Mar, chegou ao Vale do Paraíba por volta de 1820, onde encontrou a “terra roxa”, solo rico para os cafezais. De São Paulo foi para Minas Gerais, Espírito Santo e Paraná.

De acordo com o professor e historiador Diogo Dionizio, o ciclo do café foi muito importante para o desenvolvimento da região Sudeste, pois até então o Norte e Nordeste eram as regiões mais importantes do Brasil.

“O ciclo do café surge no contexto do Brasil Império, então a partir do século 19 que vamos passar a ter esse ciclo e o café foi um produto muito importante principalmente para as regiões de São Paulo e do Paraná”, explica Dionizio.


No final do XIX e começo do século XX, os barões de café passaram a ter uma grande influência na política nacional, sobretudo, na política do “café com leite”, que dividiu o poder no Brasil.

“Nós vamos ter em um ano, cafeicultores paulistas com o poder no Brasil e com poder central da presidência, e no outro ano nós vamos ter os produtores de Minas, que são os grandes produtores de leite”, diz.


O café passou a ser uma bebida bem comercializada no mundo todo e o Brasil se tornou um dos principais exportadores de café do mundo até a crise de 1929, quando o grão deixou de ser um dos principais produtos de exportação e o Brasil perde essa “soberania” no setor.


Cafés especiais no Brasil
A posição do Brasil como maior produtor e exportador mundial leva, cada vez mais, uma bebida de qualidade das fazendas de café aos consumidores brasileiros, nosso maior mercado e àqueles dos 145 países importadores.

“Nós vamos ter em um ano, cafeicultores paulistas com o poder no Brasil e com poder central da presidência, e no outro ano nós vamos ter os produtores de Minas, que são os grandes produtores de leite”, diz.

“Hoje o Brasil já é o maior fornecedor mundial de cafés a partir de 80 pontos, produzidos com responsabilidade social e ambiental e também um consumidor respeitável de cafés de alta qualidade”, explica Vanúsia Nogueira, diretora executiva da Organização Internacional do Café (OIC).



Estima-se que cerca de 5% a 10% do consumo brasileiro de cafés já seja de cafés especiais, sejam eles vendidos em cafeterias, restaurantes, hotéis, em canais de internet e em supermercados.

Foi um crescimento rápido, que veio com a curiosidade na descoberta de diferentes sabores e diferentes experiências. Assim, em números absolutos, já é um volume maior que muitos países e que tende a evoluir cada vez mais, com o engajamento de mais produtores e o conhecimento e valorização dos clientes.

“Nós vamos ter em um ano, cafeicultores paulistas com o poder no Brasil e com poder central da presidência, e no outro ano nós vamos ter os produtores de Minas, que são os grandes produtores de leite”, diz.

“É o café deixando de ser apenas algo essencial para o estado de alerta, para a energia do treino, mas sendo também a indulgência, o prazer que todos merecemos”, assegura Vanúsia.



 

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