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Diretoria do Vasco estima perda de R$ 100 milhões após queda para segunda divisão

Série B pode custar uma perda que varia de R$ 80 milhões a R$ 100 milhões em receitas, segundo dirigentes.



 

 
 


Da Rede M1 - por Rômulo Muri
 



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O presidente Jorge Salgado só falará oficialmente na próxima sexta-feira – Foto: Divulgação/ Vasco


O 4º Rebaixamento do Vasco já é discutido pela diretoria do clube, nesta segunda-feira (22), uma longa reunião realizada em São Januário com Jorge Salgado, todos os vice-presidentes do clube, o CEO Luiz Mello e o executivo de futebol Alexandre Pássaro avaliaram o cenário da Segunda Divisão.

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A pauta principal da reunião foram sim os impactos da Série B. O mais significativo deles é a estimativa de uma perda que varia de R$ 80 milhões a R$ 100 milhões em receitas.

A questão financeira norteou a conversa, tanto que Adriano Mendes, VP de Finanças e Estratégia, e sua equipe apresentaram diversos cenários. Entre eles estão corte de pessoal e de despesas, mas fundamentalmente uma reforma estrutural.

Os resultados não vieram, e o iminente rebaixamento teve efeito de "meteoro", termo utilizado durante o encontro desta segunda-feira, no Vasco.

A diretoria deve priorizar mudanças no estatuto, melhoria no relacionamento com o sócio e se tornar um clube sustentável. O grupo entende que tal atitude não foi tomada especialmente nos três últimos anos e, por isso, o Vasco está à beira do quarto rebaixamento.

VP de marketing, Vitor Roma, que esteve na reunião, manifestou-se via Twitter. Não fez alusão direta somente à gestão de Alexandre Campello, mas também às de Roberto Dinamite e Eurico Miranda, que participaram dos outros três rebaixamentos.

- O clube teve três chances para se reconstruir e falhou em todas. Não falharemos nessa. Tentamos dar condições para que este grupo saísse dessa: duas folhas em 20 dias, Benítez por empréstimo, treinador e diretor de futebol; nos esforçamos para dar a estrutura que precisavam (Atibaia, concentração integral, bichos, voo fretado, etc). A equipe não conseguiu reagir. É hora de falar pouco e entregar muito. E mesmo assim será menos do que a torcida do Vasco merece depois de tantos anos sofrendo. A mudança definitiva começa agora - afirmou Roma.

O presidente Jorge Salgado só falará oficialmente na próxima sexta-feira, quando concederá entrevista coletiva já com o cenário da próxima temporada desenhado. Ele provavelmente dividirá a mesa com Carlos Roberto Osório e Roberto Duque Estrada, primeiro e segundo vices-presidentes respectivamente.

Salários sem previsão
Outra preocupação que Jorge Salgado sempre reforça em entrevistas é a necessidade de manter os salários em dia. Atualmente o débito do clube com atletas e funcionários é de três meses: dezembro, janeiro e o 13º. A última folha, aliás, venceu nesta segunda-feira em acordo formal feito entre diretorias anteriores e o grupo de colaboradores.

A possibilidade de diminuir essa dívida foi aventada durante a reunião, o departamento financeiro tratou do tema, mas todos saíram com a impressão de que não haverá pagamentos até sexta-feira.

Esperança viva de impugnar Vasco 0x2 Inter
O departamento jurídico também teve papel importante na reunião desta sexta-feira. Fizeram uma longa apresentação de como pretendem impugnar a derrota por 2 a 0 para o Internacional, sofrida no último dia 14. Na ocasião, Rodrigo Dourado marcou gol em posição duvidosa, e não houve checagem pelo VAR.

O Vasco ainda não recebeu o material da CBF com os áudios e vídeos do VAR daquela partida. Vale lembrar que no último sábado o STJD intimou a entidade que controla o futebol brasileiro a encaminhá-lo ao clube.

A direção entende que, dependendo do que receberá e consequentemente utilizará como prova, é possível, sim, anular o jogo entre Vasco e Internacional.




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