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Ele trabalhava na lavoura, faturou R$ 270 mil com crédito rural e agora lança franquias

Depois de adquirir experiência no agronegócio, Romário Alves fundou a Sonhagro, especializada em consultoria de crédito para produtores rurais.

Da Rede M1 - por G1
01/09/2020 08h58- Atualizado em 01/09/2020 - 08h59

Romário Alves, fundador da Sonhagro – Foto: Reprodução/ PEGN

O empreendedor Romário Alves cresceu em Piaçu, distrito de Muniz Freire (ES), que tem pouco mais de 6,5 mil habitantes. Aos 13, começou a trabalhar com o pai nas lavouras de café. Hoje, é fundador da rede Sonhagro, empresa de consultoria de crédito rural que faturou R$ 270 mil em 2019 e agora começa a expansão por franquias.

Dois anos depois de iniciar o trabalho no campo, Alves se tornou vendedor de balcão de uma loja de agropecuária. Depois formou-se como técnico e a carreira acabou tirando-o do pequeno distrito em que nasceu e levando-o para Divino, no estado de Minas Gerais, aos 18 anos.


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Na nova cidade, ele trabalhou em uma empresa do ramo agropecuário e conseguiu se graduar tecnólogo em processos gerenciais. Com isso, passou a prestar consultoria de crédito na região e, pouco tempo depois, recebeu o convite do Banco do Brasil local para iniciar uma representação em parceria. Animado, ele aceitou a proposta. O empreendedor e batizou o negócio com um nome que remetia à sua origem: Piaçu Consultoria Rural.

Alves prestava consultoria de crédito rural e também de agronomia a produtores de café na região. Com o tempo, ele conseguiu captar outros bancos para compor o portfólio da empresa, como Caixa Econômica Federal, Cooperativa de Crédito Cresol e Cooperativa de Crédito Sicoob.

Com o crescimento da empresa, em 2018, Alves resolveu abrir uma filial em Espera Feliz, a 45km de Divino, também em Minas Gerais. Mas a gestão à distância não saiu como ele esperava. “A experiência como empresário ainda era pequena. Fui aprendendo a trabalhar nessa modalidade, até que, com um ano, quando já estava com um prejuízo grande, mudei a metodologia, com parcerias locais para divulgação. Aí eu comecei a ter resultado.” Ele queria levar a empresa para outras regiões, mas se deparou com a dificuldade de mão de obra. “Gado não engorda sem o olho do dono.” Assim, resolveu procurar outras formas de expansão.

Depois de buscar conselhos com alguns amigos do ramo de franquias, ele decidiu que adotaria o mesmo modelo de gestão para a Piaçu. Fez algumas visitas técnicas em São Paulo, participou de cursos e contratou uma consultoria para ajudar na formatação. No entanto, ele encontrou outro problema pelo caminho: o nome Piaçu já estava em uso no Instituto Nacional da Propriedade Industrial INPI.

Ele iniciou uma jornada para descobrir um novo nome para a empresa que representasse tanto sobre sua própria história. Queria algo que simbolizasse a realização de sonhos dos produtores rurais. “Eu contratei uma empresa para fazer a criação de marca, me deram vinte nomes e não consegui ter apreço por nenhum. E aí, um dia, pensando em um sonho qualquer que tive, veio o nome: sonho agro. Já com o novo nome e formato, a empresa de Alves inaugurou outra filial no final de 2019, mas agora onde tudo começou: em Muniz Freire. “A unidade foi muito bem e aí eu tive a certeza que estava pronta para ser franquia.”

Unidade da Sonhagro – Foto: Reprodução/ PEGN

O empreendedor investiu cerca de R$ 100 mil em todo o processo de formatação, registro da nova marca e também na digitalização do negócio: as antigas planilhas foram transformadas em um software integrado.

A ideia é levar a Sonhagro para cidades rurais com mais de 8 mil habitantes. O franqueado deve ter um perfil comercial e experiência com o segmento agro. Existem dois modelos de negócio: home based, que é para trabalhar em casa e tem um investimento inicial estimado em R$ 15 mil; e o modelo comercial, que demanda um aporte médio de R$ 55 mil.

O mercado parece estar aquecido para o nicho: de acordo dados do Ministério da Agricultura, os produtores rurais contrataram na safra 2019/2020 (que foi de julho de 2019 a junho de 2020) R$ 191,8 bilhões, 11% a mais do que no período anterior. “Hoje, para o produtor rural conseguir fazer empréstimo com taxas subsidiadas do governo, precisa ser com empresas credenciadas. O franqueado já abre uma empresa com esse credenciamento, não precisa correr atrás.” Com isso, a expectativa de Alves é fechar 2020 com o faturamento acima de R$ 300 mil e abrir cerca de 80 unidades da Sonhagro nos próximos dois anos.


 

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