Prefeitura cancela carnaval pelo terceiro ano em Mimoso, no ES

Segundo o Prefeito o cancelamento é por conta dos fatores de Lei de responsabilidade fiscal, situação financeira e segurança no município.

Redação do M1 - (28) 9992-0545

Rômulo Muri
Do M1 fonte: www.redem1.com.br

Segundo o Prefeito o cancelamento é por conta dos fatores financeiro e segurança do município - Foto: Reprodução

 
A prefeitura de Mimoso do Sul, no ES, anunciou nesta quarta-feira (22) o cancelamento das festividades carnavalescas de 2020. Já é o terceiro ano que o município fica sem eventos durante o carnaval.

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Segundo o prefeito, Ângelo Guarçoni Júnior, o cancelamento é com base na Lei de Responsabilidade Fiscal. “Em nossa primeira gestão, incentivamos e valorizamos o evento todos os anos porque a alegria é fundamental, porém isso só acontece quando é possível”, comentou Ângelo.

O prefeito disse também que teme pela segurança durante neste período. “Uma questão de grande importância que deve ser mencionada é sobre a segurança dos mimosenses e visitantes porque a maior parte do efetivo policial segue em trabalho atendendo os carnavais no litoral. Um contingente mínimo no município pode causar sérios problemas aos foliões e Mimoso do Sul não pode ficar tão desguarnecido”, explicou.

Na nota publicada em sua rede social, também explicou sobre a situação financeira do município. “Cálculos da equipe técnica da CNM, o impacto estimado na despesa de pessoal pode alcançar R$ 8,7 bilhões, o que poderá ter grande influência nos limites de gasto total com a folha de pagamento. Nos primeiros dois decêndios de janeiro, o FPM está menor em 8,45%, ou seja, menos R$ 464,8 milhões. E, de acordo com a previsão da STN, o repasse do FPM do terceiro decêndio será de R$ 2.619.168.000, em valores líquidos. Se esse valor se concretizar, o mês de janeiro fechará com um total repassado de R$ 8,309 bilhões, valor que apresenta uma queda de 15,2% se comparado com o valor executado no mesmo mês do ano passado.” Relata Guarçoni.

Nas ruas
Sem as festividades comerciantes e moradores ficaram insatisfeitos com a declaração do prefeito e disseram discordar da justificativa. “Vergonhoso ver tudo em nossa cidade acabar, não temos cultura, não temos lazer e nem mesmo o carnaval que era alegria do povo”, comentou Mauricio Nunes.

“Estamos vivendo com a corda no pescoço para pagar impostos e não temos o retorno. O carnaval salva muitos comerciantes da forca”, desabafou o comerciante Clayton.

Segundo comerciantes do setor de bebidas só no carnaval as vendas crescem cerca de 50%.

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