20/09/2019 08h23- Atualizado em 20/09/2019 - 11h22
 

Greve dos carreteiros deixa alunos sem aulas em Mimoso do Sul

A paralisação dos carreteiros é em protesto contra o atrasos no pagamento do transporte escolar



 

Redação do M1 - (28) 9992-0545

Rômulo Muri
Do M1 com informações do jornal diaadia *fonte: www.redem1.com.br



Ônibus e vans deixaram de atender os alunos da rede municipal (Foto: Reprodução)

 
Estudantes que moram na zona rural de Mimoso do Sul estão desde o início da semana sem frequentar as aulas por causa da falta de transporte escolar. O motivo é a paralisação dos carreteiros, em protesto contra o atraso desde julho no pagamento do serviço contratado pela prefeitura local com a cooperativa da categoria. Com isso, ônibus e vans deixaram de atender os alunos da rede municipal.

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Pais estão preocupados. Na comunidade de São José das Torres, Anderson Petersen, 35 anos, que tem dois filhos matriculados, diz que no total há cerca de “200 crianças sem o transporte”. “Até semana passada, o serviço estava funcionando”, afirma.

Em São José da Fazenda, Antônio Luiz de Freitas, 56, avô de três alunos que não têm ido à escola em virtude do problema, destaca estar apreensivo com o desempenho dos netos em relação às notas até o fim do ano. “Os pais estão revoltados”, comentou.

Madrasta de um estudante de 9 anos que frequenta a 3ª série de ensino fundamental, a lavradora Regiane Teodoro da Silva, 35, relata: “É a primeira vez que isso acontece no ano. Em outros anos era muito comum. Meu enteado mora aqui com a gente em Belmonte e estuda a 4 km de distância. Está sendo falta da escola e dos colegas”.

O que diz a prefeitura
O prefeito de Mimoso do Sul, Ângelo Guarçoni Junior, garantiu que vai pagar ainda nesta sexta-feira (20) pelos serviços dos carreteiros ligados à cooperativa referentes ao mês de julho. “Ontem [quinta] pagamos R$ 30 mil e hoje estamos pagando o restante, R$ 27 mil. Agora estamos pendentes só com agosto. A nota desse último mês só entrou agora, no dia 10 ou 12 de setembro”, destacou.

O gestor argumentou que os cofres municipais tiveram uma queda de receita de R$ 1,2 milhão de julho para agosto, o que dificultou as contas. “Estamos passando por dificuldade, mas o transporte escolar em Mimoso nunca esteve tão em dia. O pagamento em época pretérita, em outra gestão, chegava a atrasar até quatro meses. E ainda paguei uma dívida que o mandato anterior tinha com os carreteiros, um atraso de três meses.”

Cooperativa
A cooperativa dos carreteiros definirá se vai voltar a atender ao município ainda nesta sexta, em reunião marcada para as 14 horas, informou Sandro de Oliveira Prúcoli, integrante da entidade e também vereador. “Vamos decidir se o pagamento da totalidade de julho vai ser satisfatório para os motoristas.”

Ele argumenta que a “gota d´água” para os condutores para deflagrar o movimento foi a diferença dispensada de acordo com a empresa. “Foi a questão de privilegiar outras firmas não ligadas à cooperativa, que já têm até agosto pago. E a cooperativa, que representa 50% das linhas, não recebeu nem julho.”

Sobre isso, o prefeito Ângelo Guarçoni disse que os pagamentos em datas distintas se deu porque as fontes de recursos para arcar com as respectivas despesas são diferentes.



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