10/07/2019 02h51- Atualizado em 10/07/2019 - 03h05
 

Com ânimos exaltados, vereadores discutem sobre a situação da saúde em Mimoso do Sul

O clima esquentou entre os vereadores José Olímpio e Paulinho Barros em relação à falta de medicamentos no posto de saúde.



 

Redação do M1 - (28) 9992-0545

Rômulo Muri
Do M1 *fonte: www.redem1.com.br



O clima esquentou entre os vereadores José Olímpio e Paulinho Barros em relação à falta de medicamentos no posto de saúde (Foto: Reprodução)

 
A Sessão na Câmara de Vereadores de Mimoso do Sul, desta terça-feira (09) foi marcada por um bate-boca entre os vereadores Paulinho Barros (PR) e o novo vereador José Olímpio (PRP) sobre a situação da saúde do município.

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Ao fazer o uso da tribuna o novo vereador fez uma dura defesa às criticas sobre a reforma e pintura do posto de saúde lembrou alguns medicamentos em falta. “Eu fico muito triste quando vem falar do posto de saúde, eu tenho lá 22 anos de trabalho prestado naquela unidade, e falam da reforma e pintura que a reforma está começando de fora para dentro, venho informar os senhores, que a reforma lá começou no mês de maio todas as salas foram pintadas em maio, salas, corredor o vereador Muiu e Nem Sarte já estiveram lá. Aquelas salas estão todas pintadas, agora está pegando a reforma para fora”, comentou.

“Sobre os remédios na farmacinha o vereador Paulo Barros citou realmente estão com pouca oferta alguns medicamentos, mas hoje estamos trabalhando com 50% dos medicamentos que o SUS disponibiliza, o ideal que o SUS pede para trabalhar é acima de 75%, mas está em falta. Conversando com o Cristiano ele já fez a compra do medicamento para suprir esses 25% que faltam, ele falou para mim que dentro de 40 dias esses remédios estarão no posto para atender o povo”, disse Olímpio.

O clima esquentou mesmo quando o Paulinho Barros pediu uma parte, mas foi negada para a conclusão de defesa dos colegas do posto. “Quando ele fala que foi corte de médicos não tivemos corte de médicos na unidade. O posto de saúde hoje trabalha com três cardiologistas, três pediatras, quando foi falado que não tem pediatra, um cirurgião geral, um urologista. Quando ele fala do corte é o médico que está atendendo no hospital, do Drº. Lorran que teve o corte de 50% dos pacientes, ele atendia 20 pacientes e hoje atende só 10, as endoscopias caíram de 30 para 15, mas foram os cortes na demanda do hospital. Lá no posto de saúde não teve corte de médico nenhum, esses médicos são poucos eu concordo, acho que o secretário pode evoluir acredito no Cristiano ele está igual a uma forma um, torço para o bem de todos”, afirmou.

A conversa ganhou tom de discussão na parte de Paulinho Barros que novamente falou sobre a cobrança da população na falta de medicamentos. “Com todo respeito a Vossa Excelência vereador, mas vossa excelência interpretou de forma diferente do que eu falei. Eu falei que está sim pintando, há necessidade, nós estamos no terceiro ano de mandato e eu estou esses anos aqui na Câmara e recebo constantemente reclamações de falta de remédio, não é só eu não, são todos os vereadores dessa casa recebem. O local onde se marca as consultas vereador é no posto de saúde o corte foi feito no hospital, mas onde se marca as consultas é no posto de saúde!”, debateu Barros que foi interrompido por José Olímpio que voltou a dizer que teria sido apenas um médico.

Continuando a fala Paulinho reforçou. “Nós vimos aqui a licitação ano passado de mais de um milhão para compra de medicamentos e o ano todo têm pessoas aqui na porta reclamando que a farmacinha não tem remédio, a falta de médicos, diminuiu, eu recebi agora uma mensagem de uma mãe que não está conseguindo marca pediatra, tem faltado exames, então eu estou vivendo em outro Mimoso, porque o que vocês estão falando tem tudo e as reclamações que eu estou recebendo é que está faltando muita coisa! Então quero dizer vereador, que pintando está ficando bonito, mas precisa ter remédio na farmacinha e melhorar a questão de consultas e exames, porque a população está sentindo falta, muito obrigado”, concluiu.

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Em tom mais caloroso, Olímpio, voltou a dizer. “Meu amigo, mas eu citei aqui que está faltando remédio falei que estamos trabalhando com 50% e eu falei com o senhor aqui que trabalhamos o ano passado com 70% esse ano estamos trabalhando abaixo da média do SUS que prioriza 75% e o Cristiano falou que irá comprar os outros 25%, quem tá falando é o Cristiano Valpasso atual Secretário da pasta. E quando o senhor fala que está faltando médico eu também falei para o senhor que está faltando, agora a gente não pode chegar aqui e falar que não tem médico e não tem remédio que tá pintando o posto por fora e acabou”. Olímpio terminou a fala parabenizando os funcionários da unidade de saúde.

Na tréplica, Barros comentou que os funcionários não tem haver com os problemas de gerencia por parte da gestão do governo municipal. “Vereador funcionário não tem nada haver com a falta de medicamento, falta de consulta e falta de exames. O funcionário tá lá trabalhando bonitinho certinho, mas não tem nada haver com a falta das coisas, isso aí é parte do poder executivo é responsabilidade dele faltas de exames, medicamentos e consultas isso que estou falando, isso é responsabilidade do chefe do poder executivo”. Exaltado Barros ainda citou a falta de respostas em requerimentos da casa sobre a situação que não foi respondido pela secretaria. “Nós fizemos um requerimento e até hoje não foi respondido, porque tem alguma coisa errada? Se for preciso iremos abrir uma CPI aqui”, reafirmou.



Na tentativa de finalizar a discussão o vereador Sandro Prucoli questionou o tempo excedido do colega parlamentar. “Questão de ordem, já tem quatro minutos conclui o assunto dele lá e parou! Já tem quatro minutos, eu já fui questionado aí depois de dois minutos, vamos cumprir o horário”, disse Sandro.

O Presidente da casa justificou o excesso de tempo ao vereador dizendo que foi por falhas técnicas durante o uso da tribuna.

O que diz o Secretário de Saúde
O novo Secretário de Saúde do município, Cristiano Valpasso informou a reportagem que os remédios em falta na farmacinha estão em processo de compra e até o inicio do próximo mês já devem está no posto de saúde. “Foi feita uma compra de mais de R$ 80.000,00 para a demanda dos medicamentos que estão em falta, previsto, para atender a população no inicio de agosto, inclusive o nosso estoque de medicamentos no posto está cheio, está em falta algumas medicações básicas, mas o estoque atende até o final do ano”, afirmou Valpasso.

Sobre os exames Valpasso foi cauteloso e não deu prazo para quando a situação irá ser normalizada. “Estou fazendo levantamento de tudo ainda, mas nos próximos dias após a festa eu já vou ter esse levantamento para dar uma resposta a população em questão a quantidade de exames que o nosso município tem direito”.

Segundo o Secretário a falta de médicos é em relação ao corte do programa mais médico do Governo Federal que foi retirado pelo Presidente Jair Bolsonaro. “Os médicos em falta são devido ao fim do programa mais médicos, são quatro PSF que eram atendidos pelo programa nos Distritos de Torres, Conceição do Muqui, Conceição 2 e Ponte do Itabapoana que com a entrada do Presidente da República Jair Bolsonaro, ele suspendeu o programa e nós ficamos sem os médicos que eram cubanos. E agora foram contratados os médicos pelo mesmo programa e daqui uns dias estará tudo resolvido, já estamos com o Processo Seletivo quase sendo terminado para suprir toda a demanda”, concluiu.



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