06/09/2018 01h20- Atualizado em 06/09/2018 -01h20
 

Perigo na internet, desafio da boneca Momo é a nova ameaça virtual

Desafio na Internet está levando crianças ao suicídio
Jogo nas redes sociais pede dados de crianças e adolescentes e induz ao enforcamento



 

Redação do M1 - (28) 9992-0545

Rômulo Muri
Do M1  *fonte: www.redem1.com.br


 


Mais um desafio perigoso da internet está dando o que falar. Dessa vez, trata-se do Desafio do Momo, na qual uma imagem feminina de longos cabelos pretos e olhos grandes circula via Whatsapp. A "brincadeira" já fez diversas vítimas ao redor do mundo e tem causado preocupação entre pais, responsáveis e até educadores.

 

Momo é o nome que ficou bastante conhecida uma obra de arte japonesa que mistura a imagem de uma mulher com um pássaro (Foto: Reprodução)

 
A boneca Momo é apontada em correntes de internet como um espírito que envia mensagens de terror, especialmente por um número japonês de WhatsApp. As discussões sobre a boneca cresceram nas redes sociais e em canais de YouTube a partir de meados de julho. A partir deste fato, apareceram boatos de que criminosos estão criando perfis falsos da Momo para abordar crianças e adolescentes pela internet, a fim de extrair informações, extorquir e manipular.

No Espírito Santo, de acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública (Sesp), nenhum caso ligado a boneca foi registrado. No entanto, a Sesp alerta aos pais e responsáveis que denúncias deste tipo podem ser feitas na Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos e também pelo Disque-Denúncia. Caso o denunciante opte pelo site, imagens e vídeos podem anexados. O sigilo é garantido.

Preocupados com a possibilidade da existência de casos no Estado, diversos municípios da Grande Vitória estão realizando trabalhos específicos para orientações aos adolescentes e crianças. Na Serra, por exemplo, a secretaria de Educação trabalha com o programa Educação em Valores Humanos, proporcionando diversas atividades de aproximação e orientação com os alunos. Uma das atividades é o “emocionômetro”, na qual o aluno tem a oportunidade de falar sobre seus sentimentos e se algo o entristece ou aflige, por exemplo.

Já em Cariacica, a prefeitura informou que equipes da secretaria de Educação (Seme) já estão trabalhando para que nos próximos dias sejam divulgadas as orientações necessárias. Além disso, a Seme se coloca à disposição dos professores, pedagogos e gestores escolares para tirar dúvidas.

Na cidade de Vila Velha, de acordo com a prefeitura, os alunos da rede municipal de ensino participam constantemente promove palestras de conscientização, em parceria com a Polícia Civil. As palestras intituladas “Internet segura para adolescentes”, são ministradas por um especialista em crimes virtuais.

Diversas escolas particulares da Grande Vitória também enviaram comunicados pedindo que os pais fiquem atentos e observem se os filhos podem estar se comunicando com estranhos por meio das redes sociais.

No Sul do Estado, em Mimoso do Sul, duas mães contaram que observaram a mudança de comportamento dos filhos que acompanhavam o perfil perigoso na rede social. “Comecei a ter problema com uns dos meus filhos e descobrir que todos esses transtornos eram devido a essa boneca. Isso serviu de alerta para mim e serve também de alerta para todos os pais”, relatou uma das mães que prefere não ser identificada.

Como manter pais e filhos em segurança no Espírito Santo?

A Psicoterapeuta Corporal e Psicóloga Infantil, Juliana Kerckhoff, explicou que as redes sociais são atrativas para qualquer idade, em especial para crianças e adolescentes. Ela disse que, geralmente, esse tipo de desafio, como o da Baleia Azul, atrai crianças mais tímidas e com dificuldades de socialização.

“São atraídas com uma falsa sensação de amizade e vínculo. Elas não são desafiadas de início. Existe uma interação inicial entre o mediador dessa brincadeira com as crianças e adolescentes. Eles acreditam estar conversando com alguém da mesma idade, e para manter essa amizade que não existe na vida real, só existe no mundo virtual, a criança faz a brincadeira”, explicou a Psicóloga Infantil.

Para a psicóloga é necessário que os pais fiquem atentos em casa e também na escola.

Juliana Kerckhoff acrescentou que é importante que os pais conversem com os filhos e acompanhem a rotina em celulares e computares. De acordo com a Psicóloga Infantil, quando os pais perceberem que o problema é mais complexo ou simplesmente não entenderem o que está acontecendo, o aconselhável é buscar ajuda profissional.

O Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo segue atento e buscando informações que colaborem para a melhor qualidade de vida dos seus associados e de toda sociedade capixaba.




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