25/02/2018 -06h00- Atualizado em 25/02/2018 - 06h05
 

Intolerância a lactose pode ser genética saiba como descobrir

Existem três tipos de intolerância a lactose: a congênita, a primária ou genética e a secundária ou adquirida. E é fácil de ser contornada através de dieta.



 

Redação do M1 - (28) 9992-0545

Rômulo Muri
Do M1 *fonte: www.redem1.com.br


 


A intolerância a lactose trata-se de um transtorno que surge após a ingestão de lactose, por causa de uma deficiência da enzima encarregada de digerir essa substância. O consumo de leite, queijo ou sorvete por uma pessoa intolerante não produz danos graves ou irreversíveis ao trato intestinal, já que seus sintomas são transitórios.

 
Sintomas
Os sinais desse problema podem aparecer entre 30 minutos até 2 horas depois de consumir qualquer alimento que contenha lactose. Dores e inchaços abdominais, gases e diarreia são alguns sintomas. “O ácido láctico produzido pelos microorganismos puxa água para o intestino, assim como a lactose não digerida, resultando em diarreia. Pessoas com estes distúrbios são consideradas intolerantes à lactose”, explica a nutricionista Kimielle Cristina Silva.

Tipos de intolerância
Segundo a nutricionista, há três tipos de intolerância a lactose: a congênita é a mais rara, onde o bebê já nasce com deficiência na lactase, tendo diarreia quando amamentado ou ao ingerir alimentos a base de lactose. A primária ou genética, sendo a ausência parcial ou total da lactase, é desenvolvida na infância e em diferentes idades. É a forma mais comum de má absorção de lactose e de intolerância. Há ainda a secundária ou adquirida, resultado de lesões no intestino delgado ou de alguma doença, como desnutrição, quimioterapia e cólica ulcerativa. Também pode se apresentar em qualquer idade, mas é mais comum na infância.

Ao contrário do que muita gente pensa, a intolerância a lactose não é alergia ao leite. “Como o próprio nome diz, é uma intolerância. As alergias à proteína de leite de vaca são dependentes de mecanismos imunológicos. As reações são imediatas e os sintomas ocorrem em até duas horas após a exposição. As manifestações mais comuns são as reações cutâneas, gastrointestinais, respiratórias e sistêmicas, que em alguns casos podem levar a choque anafilático”, esclarece Kimielle. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece exames para a detecção da alergia.

Tratamento
A intolerância a lactose é fácil de ser contornada. Apesar de não existir métodos de aumentar a produção de lactose pelo organismo, uma dieta pode controlar o problema. Segundo Kimielle, muitos jovens e adultos não precisam abrir mão completamente do consumo de alimentos com lactose. “As pessoas diferem nas quantidades de lactose que podem ingerir. Alguns podem tomar um copo de leite sem problemas, mas não podem tomar dois. Outros podem consumir queijos curados, mas não podem consumir queijos frescos. O controle da dieta para as pessoas intolerantes depende de se experimentar os limites que cada um suporta. ”, recomenda. O profissional de saúde vai recomendar diferentes exames que permitirão diagnosticar o quadro.

Os exames necessários para esse exame são obtidos através de uma endoscopia esofágica ou gastrointestinal.

Teste genético
A avaliação realizada tem como objetivo detectar uma intolerância primária ocasionada pelo gene MCM6.

Uma mostra de sangue ou saliva do paciente é o suficiente para analisar os dois polimorfismos relacionados a esse problema.

Dieta
Um dos maiores problemas para quem tem intolerância, justamente por não evitarem o consumo leite e seus derivados, é ter o consumo de cálcio comprometido. “É um dos minerais mais importantes, pois ele é o responsável pela constituição dos ossos e dentes, além de ser fundamental para a manutenção de várias funções do organismo, como a contração muscular, coagulação do sangue, transmissão de impulsos nervosos e secreção de hormônios”, lembra Kimielle. Alguns alimentos recomendados ricos em cálcio, como legumes e verduras.

Alimentos ricos em cálcio
- Feijão
- Ovos
- Couve, brócolis, espinafre e verduras escuras em geral
- Repolho, nabo, figo, uva passa, cenoura e laranja
- Amêndoas e nozes
- Gergelim
- Queijo de soja (tofu)
- Sardinha, marisco e algas.

Alimentos que interferem na absorção de cálcio
- Produtos com excesso de sódio, como os industrializados, embutidos e enlatados
- Itens ricos em fitatos: farelo de trigo e alguns cereais
- Alimentos ricos em xantinas: café, chá preto e chá mate.





















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