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Saúde

As principais causas do AVC e quais as diferenças entre AVC e Derrame cerebral

Cerca de 25% das pessoas que se recuperaram de um primeiro derrame, terão um outro acidente vascular cerebral em 5 anos.

Da Rede M1 - por Rômulo Muri
03/11/2016 - 09h30- Atualizado em 03/11/2016 - 09h40

O tipo de AVC mais comum é o Isquémico, o qual acontece quando um coágulo bloqueia a artéria que leva o sangue para o cérebro - Foto: Reprodução/Internet

Acidente vascular cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame cerebral, é a doença neurológica que mais freqüentemente acomete o sistema nervoso e é a principal causa de incapacidades físicas e mentais. Sendo a maior causa de morte no Brasil, ganhando longe do infarto agudo do miocárdio.


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Ele ocorre quando o suprimento de sangue para uma parte do cérebro é interrompido subitamente (AVC isquêmico) ou quando um vaso sanguíneo no cérebro rompe, extravasando seu conteúdo e dando origem a um hematoma, ou coágulo, que provoca sofrimento no tecido cerebral (AVC hemorrágico).

Enfarte Cerebral
O AVC pode causar a morte do tecido cerebral e a isto se designa de enfarte cerebral. Um enfarte é uma área de tecido morto que poderá ser pequena ou afectar uma parte maior do cérebro.

O AVC isquêmico é o mais comum, representa cerca de 85% dos casos de derrames. Já o AVC hemorrágico, embora menos comum, apresenta maior mortalidade. Um dos causadores da morte encefálica ou morte cerebral que possibilita em alguns casos a doação de órgãos do paciente.

Quais são os sintomas do AVC?
Os sintomas normalmente são agudos ou rapidamente progressivos, caracterizados por:

  • Perda súbita da força muscular ou formigamento de um lado do corpo
  • Dificuldade súbita para falar ou compreender
  • Dor de cabeça muito forte, de início abrupto, sem causa aparente
  • Perda visual repentina, particularmente de um olho apenas
  • Perda do equilíbrio ou tontura súbita


Use um teste simples que o pode ajudar a reconhecer se uma pessoa teve um AVC ou a sofrer de um ataque isquémico transitório.

  • Fraqueza Facial: a pessoa pode sorrir? Tem a sua boca ou um olho caído?
  • Fraqueza no braço: a pessoa consegue levantar os braços?
  • Problemas de expressão: a pessoa consegue falar com clareza e entender o que lhe dizem?


Alguns destes sinais e sintomas podem estar relacionados a outras condições que levam a uma alteração do nível de consciência ou a um déficit neurológico focal. Muitos destes outros diagnósticos podem ser esclarecidos com um exame da glicemia, com exames de imagem como tomografia computadorizada ou ressonância nuclear magnética do crânio.

O que fazer na presença destes sintomas?
Na suspeita, deve-se procurar imediatamente um atendimento médico que tenha estrutura para atender um acidente vascular cerebral. Quanto mais precoce o tratamento, melhores serão as perspectivas para o paciente.

Novos tratamentos podem limitar as incapacidades produzidas por um derrame, mas você precisa conhecer os sinais e sintomas a tempo de procurar auxílio médico o mais rápido possível.

Quais são os fatores de risco?
Um AVC pode acontecer sem causa aparente, para pessoas de qualquer idade - mas há factores que reconhecidamente aumentam a probabilidade de isso acontecer. Alguns desses factores são coisas que não podem ser alteradas. Outros riscos podem ser reduzidos por mudanças no estilo de vida ou por medicação.
Nas pessoas com menos de 75 anos, os homens sofrem mais AVC do que as mulheres.

  • Idade: Os AVCs são mais comuns nas pessoas com mais de 55 anos e o risco continua a aumentar com o decorrer da idade. As artérias endurecem e ficam incrustadas pela acumulação de colesterol e de outros detritos (aterosclerose) formados ao longo dos anos.
  • Hipertensão arterial: Pessoas com pressão alta podem ter um rompimento no vaso sanguíneo.
  • Diabetes: O risco neste caso é comum devido ao diabético se tornar hipertenso.
  • Fumo: Fumar causa pressão arterial alta e torna o sangue mais espesso. Os químicos no fumo do tabaco absorvidos pelo corpo, danificando a paredes dos vaso sanguíneos.
  • Consumo de bebidas alcoólicas: Beber com muita frequência aumenta a pressão arterial. Beber uma grande quantidade de álcool num curto espaço de tempo pode fazer com que um vaso sanguíneo se rompa.
  • Sedentarismo: Um estilo de vida inactivo pode contribuir para a obstrução das artérias. Exercício regular ajudar a manter a corrente sanguínea e o coração saudáveis.
  • Histórico familiar: Ter um parente próximo que teve um AVC aumenta o risco, possivelmente porque, condições como alta pressão arterial e diabetes tendem a expandirem-se pelas famílias.
  • Trombose venosa profunda e tromboembolismo pulmonar.


As sequelas mais comuns são hemiparesia, alterações visuais, da fala e da memória.

A recorrência do derrame é freqüente. Cerca de 25% das pessoas que se recuperaram de um primeiro derrame, terão um outro acidente vascular cerebral em 5 anos.

A avaliação e o acompanhamento neurológicos regulares são fundamentais para a prevenção.

Assim como o controle da hipertensão, da diabetes, da obesidade, a suspensão do tabagismo e o uso de bebidas alcoólicas com moderação.

O uso de medicamentos como os anticoagulantes, que contribuem para a diminuição da incidência de acidentes vasculares cerebrais, podem ser recomendados por médicos para ajudar na prevenção.


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