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Veja os sinais de que o seu filho tem diabetes

Jovens também correm risco de infarto.
Perda de peso e muita sede são sintomas da doença.

Da Rede M1 - por Rômulo Muri
26/10/2015 09h00 - Atualizado em 26/10/2015 09h30

Gabriel, 8, tem diabetes tipo 1 e usa insulina, mas leva uma vida normal — Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

Com 1 ano e 5 meses, Gabriel começou a perder peso, urinava em excesso e bebia muito líquido. O pai percebeu que algo estava diferente com o filho e antecipou uma consulta. “Ele foi direto para a UTI, porque estava com a glicose muito alta”, lembra o empresário Alexandre Loyola. O diabetes tipo 1, como é o caso de Gabriel, apresenta sinais. Já o tipo 2, nem tanto. Mas, em ambos os casos, a presença dos pais é importante para ajudar os filhos no tratamento da doença.


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“O tipo 1 é muito agressivo. A mãe pega a criança desacordada e, quando chega ao hospital, descobre que ela tem diabetes”, alerta a endocrinologista Lusanere Cruz, da Unimed Vitória.


A médica explica que essa doença é caracterizada pelo aumento da glicose sanguínea. Isso ocorre por causa da diminuição da produção de insulina ou resistência à ação do hormônio, ou os dois motivos associados.

Diferentemente do primeiro caso, que é uma doença autoimune, o tipo 2 tem relação com os hábitos de vida e fator hereditário. “O tipo 2 tem aumentado entre as crianças e os hábitos de vida explicam o fenômeno. No tipo 1, a alimentação é fundamental para o controle da doença”, diz a médica.

Alexandre, que também é presidente da Associação de Diabéticos do Espírito Santo, conta que a alimentação do filho tem horários regrados e controle de carboidratos (pães, batata, arroz). “Fazemos a contagem para que ele receba as doses de insulina corretas.”

Sintomas
A assessora Jaqueline Oliveira Marques, 34, logo identificou que o filho Otávio, na época com 10 anos, estava emagrecendo. Ela decidiu pesar o menino todas as sextas-feiras e viu que havia perdido 6 kg em um mês. Assustada, buscou ajuda médica. Otávio precisou ficar internado. “Nunca tinha passado pela minha cabeça que ele podia ter diabetes”, conta a mãe.

Segundo a endocrinologista, perda de peso considerável e de consciência, além de muita sede, são sintomas do tipo 1. Já o 2, a obesidade infantil contribuiu bastante. “No segundo caso, não conseguimos determinar bem os sinais. Mas se a criança está aumentando o peso, depositando gordura na barriga e os pais forem diabéticos, é bom buscar ajuda médica para verificar a quantidade de glicose.”

Enquanto o tipo 1 não tem prevenção, no tipo 2 as atitudes da família ajudam a evitar a doença. “Manter a criança ativa e diminuir o consumo de bebidas açucaradas, como achocolatados, refrigerantes e sucos de caixinha, são ações recomendadas”, diz a médica.

Entenda as diferenças
Diabetes tipo 1
O que é?
O diabetes tipo 1 é um dos tipos de diabetes. Tem como característica a destruição total das células beta do pâncreas, que fabricam a insulina. Essa destruição e feita por anticorpos produzidos pela própria pessoa.

Diabetes tipo 2
O que é?
É o que atinge o maior número de pessoas. Nesses pacientes, a insulina é produzida pelas células beta do pâncreas, mas, como a ação está dificultada, há um quadro de resistência à insulina. Isso vai levar a um aumento da produção de insulina para tentar manter a glicose em níveis normais. Quando não é mais possível, surge o diabetes. A instalação do quadro é mais lenta e os sintomas - sede, aumento do suor, dores nas pernas e alterações visuais, entre outras situações - podem demorar vários anos até se apresentarem.

Prevenção
Manter a criança ativa, melhorar o hábito de vida, diminuir o consumo de açúcar em alimentos processados, principalmente os que ela consome com frequência, como no lanche da escola. Evite suco de caixinha, refrigerante e achocolatados prontos.

Consequências
O diabetes aumenta o risco de infarto, AVC, amputação das pernas e dos pés, além de diminuir a produtividade. É a maior causa de insuficiência renal crônica no mundo. Com o passar dos anos, as crianças com a doença não controlada podem ter esses problemas de saúde.

Alerta
Em uma garrafinha de 600 ml de refrigerante, há entre 60 e 70 gramas de açúcar. Isso equivale a 13 pacotinhos de açúcar desses que a gente vê nas mesas de restaurante, ou a um terço de um corpo de 200 ml. É muito açúcar.


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