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Blog do Dodô

Por Luís Salvador Poldi Guimarães

 Engenheiro civil, professor, palestrante, historiador da cidade de Mimoso do Sul

 

HISTÓRIA DA UCRÂNIA


03/11/2022 19h42 Atualizado em 03/11/2022 19h42


Ucrânia - Foto: Reprodução/Internet

Em 16 de 1853 houve o início da Guerra da Crimeia - foi um conflito que se desdobrou de 1853 a 1856, na península da Crimeia (no mar Negro, ao sul da atual Ucrânia), no sul da Rússia e nos Bálcãs. Envolveu de um lado a Rússia e, de outro, uma coligação integrada pelo Reino Unido, França, Piemonte-Sardenha (na atual Itália) - formando a Aliança Anglo-Franco-Sarda - e o Império Turco-Otomano (atual Turquia). Esta coligação foi formada com o objetivo de conter a expansão russa. A guerra não se inicia nesta data. Esta data é a data da declaração de guerra feito pelo sultão otomano contra o czar russo. A cólera matou muitos soldados nesta época. Esta guerra foi motivada devido às intenções expansionistas do Império Russo quando este percebeu que o Império Otomano estava enfraquecido. A Rússia lutou sozinha contra vários países unidos. A Rússia saiu derrotada.


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Após a Revolução Russa de 1917, forças políticas da Ucrânia exigiram autonomia e, mais tarde, a completa independência em relação à Rússia. Uma república ucraniana foi declarada em novembro de 1917 e, em fevereiro de 1918, a Ucrânia concluiu um tratado de paz em separado com a Alemanha, Áustria-Hungria, Bulgária e Turquia. Este texto discute o desenvolvimento de uma identidade nacional ucraniana desde o século XVII; o nacionalismo ucraniano; relações entre Ucrânia e Rússia, Ucrânia e Polônia, e Ucrânia e Romênia; e a história dos pogroms contra a grande comunidade judaica do país. Os apêndices incluem uma análise da população da Ucrânia e o número de ucranianos que viviam no Império Russo (assim como na Áustria-Hungria e nos Estados Unidos), e o texto do Tratado de Brest-Litovsk, de 1918, entre a República Popular da Ucrânia e as Potências Centrais. Após a derrota da Alemanha na Primeira Guerra Mundial, a Ucrânia se tornou parte da União Soviética e não conquistou sua independência da Rússia até 1991.

Até o período recente, mais da metade da energia ucraniana era produzida a partir da importação do gás russo, colocando o país sob a dependência de Moscou. Atualmente, a Ucrânia encontrou um alívio importando gás do Cazaquistão. Este país não faz divisa com a Ucrânia. Portanto, o gás vem de longe. Russo e ucraniano são idiomas diferentes, mas ambos são falados na Ucrânia, por conta da história e por fatores políticos, principalmente, o relacionamento entrelaçado com a URSS. A população do leste da Ucrânia é de maioria russa.

A região da Crimeia é uma península na costa ucraniana no Mar Negro que possui 2,3 milhões de habitantes, cuja maioria se identifica como parte de grupos étnicos russos e fala o idioma russo. A Rússia tem sido o poder dominante na Crimeia na maior parte dos últimos 200 anos, após a anexação da região em 1783. Países como Brasil, Índia, China e África do Sul – todos participantes dos BRICS – resolveram abster-se de condenar a Rússia sobre o conflito da Crimeia, nas Nações Unidas.

Desde o início, em 2014, o conflito na Ucrânia deixou até 2017 aproximadamente 10 mil mortos e mais de 1,5 milhões de deslocados internos. Como resposta, desde o início do conflito também foram impostas sanções econômicas dos Estados Unidos, União Europeia e Canadá. O governo ucraniano e os separatistas assinaram, em 2014, o acordo de Minsk, que tinha como foco buscar diálogos e um cessar-fogo. Em 2015, o acordo foi reafirmado com mediação internacional e deu início a diversos cessar fogos que foram aos poucos sendo violados deixando o acordo suspenso. Novas tentativas em 2016 conseguiram diminuir a violência no leste do país. No entanto, o conflito é visto pelo embaixador ucraniano Rostyslav Tronenko como uma “aventura militar russa”.

A Ucrânia é o segundo maior país da Europa depois da Rússia. A maior parte da Rússia localiza-se na Ásia. Não existe uma fronteira entre a Europa e a Ásia. Eles, na verdade, são contíguos. Não existe uma separação por mar. E sim política. Estamos falando da Ucrânia 7º país também maior em número populacional deste continente. 30% de suas terras são férteis. A Ucrânia tornou-se um país independente em 1991 = 29 anos apenas. Após a extinção da União Soviética. O sonho deste país é ingressar na União Europeia. Porque da OMC – Organização Mundial do Comércio ele já faz parte desde 16/05/2008. É membro da CEI – Comunidade dos Estados Independentes.

Desde 2000, o PIB do país vinha apresentando vigoroso crescimento e alcançou, entre 2001 e 2008, uma média de 7% de crescimento ao ano. No entanto, a Ucrânia foi muito afetada pela crise econômica entre 2008 e 2009 o PIB caiu cerca de 15% nesse período e, apesar da recuperação nos anos seguintes, encontra-se com baixo crescimento desde então. Boa parte da sua estrutura industrial (localizada no leste do país) foi herdada da extinta URSS, e foi objeto de um processo de privatizações que ainda não se esgotou.

É um dos importantes fabricantes de aço do mundo.

  • 1º - China (996,3 milhões toneladas)
  • 2º - Índia (111,2 milhões de toneladas)
  • 3º - Japão (99,3 milhões de toneladas)
  • 4º - Estados Unidos (87,8 milhões de toneladas)
  • 5º- Rússia (71,9 milhões de toneladas)
  • 6º - Coreia do Sul (71,4 milhões de toneladas)
  • 7º - Alemanha (39,7 milhões de toneladas)
  • 8º - Turquia (33,7 milhões de toneladas)
  • 9º - Brasil (32,2 milhões de toneladas)
  • 10º - Irã (25,6 milhões de toneladas)


A maior empresa produtora de aço do mundo é a ArcelorMittal.

Este país (Ucrânia) é quem fabrica o maior avião do mundo o Antonov-225 Mryia. Um avião com seis turbinas e 28 rodas em seu trem de pouso. Foi este modelo que levou o ônibus espacial da NASA para o espaço. Para pilotá-lo é levado uma equipe a bordo (7 pilotos). São seis manetes de potências. Na Ucrânia estrangeiros não podem possuir terras agrícolas.

Capital Kiev – moeda Grívnia. Língua – ucraniano. Kiev está a apenas 2 horas de Chernobyl. A Ucrânia é um país do centro-leste Europeu. A maior parte de seu território é formado por planícies. Com exceção da região dos Cárpatos. No extremo oeste do país.

Para nós brasileiros o rio mais conhecido que banha a Ucrânia é o Danúbio (Ister em grego coiné) (2º rio mais longo da Europa – Porto de Reni). O primeiro mais longo rio da Europa é o rio Volga. O rio Danúbio tem quase 3.000 mil km de extensão. O rio Danúbio em seu final percorre um pedacinho da Ucrânia antes de desaguar no Mar Negro.

A Ucrânia possui um inverno rigoroso com temperaturas que podem alcançar uma temperatura negativa de –25ºC. A exceção da região da Criméia que é subtropical. Mas, a média no inverno é de - 10°C e no verão em torno de + 20ºC. A religião predominante é o cristão ortodoxo. Separado da Igreja católica romana desde 1054 com o cisma do Oriente iniciado por Miguel Cerulário.

A final da Euro-Copa de 2012 foi disputada na Ucrânia. Que terminou com a Itália jogando contra a Espanha. Onde a Espanha deu de 4 x 0 na Itália. Uma parceria da Polônia com a Ucrânia. A Ucrânia possui quatro campos de futebol muito bons, com destaque para o Estádio Olímpico de Kiev (capital da Ucrânia).

O código da internet “.ua” e seu regime político adotado é a República seguindo a Constituição de junho/1996. O chefe de Estado é o Presidente. O atual presidente é Volodymyr Zelenski desde (20/05/2019). É um país dividido em 24 Províncias (oblasts em ucraniano). Existe a República autônoma da Crimeia cuja capital é a cidade de Simferopol.

A Ucrânia faz parte da ONU. Não integra a OTAN. Destaque para o Teatro de Ópera da cidade de Odessa cidade marítima à margem do Mar Negro. A Ucrânia possui uma das maiores reservas de urânio do mundo. A Ucrânia importa: chá, café, peixe, frutos do mar e frutas. Produz muito milho (3ª maior país em exportação de milho) e frango. Exporta muito para os países asiáticos. Em relação ao Brasil não importamos quase nada deles. A Ucrânia importa seus víveres da União Europeia. Um dos cartões postais é a praça Sofia Square próxima da Catedral de Santa Sofia em Kiev (capital).

É na Ucrânia que se localiza a cidade de Chernobil. É muito visitada por ônibus de turismo, mas é complicado a entrada de estrangeiros em Chenorbil. Não pode sentar no chão, não pode beber nem fumar e muito menos usar drogas. Lá vamos ver os tanques de guerra.

Para entrar em Chernobyl tem de passar pela conferência de documentos como se fosse uma imigração verdadeira. É preciso fazer reserva com um mês de antecedência e prestar muita atenção nas proibições. Por U$ 10 aluga-se um medidor de radioatividade (gaiger – pronúncia-se guaiguer).

As cores da bandeira da Ucrânia são o azul e o amarelo. A cidade de Chernobil foi toda destruída inclusive o Hospital. O lugar é lindo muito arborizado. Claro, uma usina nuclear requer muita água para resfriar os reatores. O acidente ocorreu justamente por falhas no resfriamento. O projeto de construção da Usina Nuclear de Chenorbil iniciou-se em 1960. Ela só foi operar em 1980. A explosão ocorreu em 1986. Seria a maior usina Nuclear do mundo. Em Leliv está a construção ao lado de um grande lago. Existe o Dugar um radar escondido para detectar mísseis.

Tudo em Chernobil encontra-se do jeito que estava. Os radares eram gigantescos um de 100 m (ondas longas) e outro de 150 m apelidado de pica-pau porque alcança as ondas curtas. 0.3 é a radiação máxima recomendada para segurança em Chernobil os aparelhos acusam 6,5 geiger. O reator de nº 04 foi o que explodiu. Na verdade nada pode em Chernobil. Chegando lá na cidade você vai perceber que tudo pode. Existem restaurantes para turistas desde que você passe pelo medidor geiger e a sua radioatividade corporal esteja dentro dos limites permitidos. A carne servida é o frango.

Mesmo após o acidente a usina nuclear continuou a funcionar até o ano 2000 quando foi desativada. O acidente com o reator 4 aconteceu no dia 26/04/1986. Este reator ia passar por uma manutenção.

O acidente: Eles foram fazer um teste com o reator usando pessoas desqualificadas para este propósito. Existia um botão de emergência que caso o teste desse errado bastava apertá-lo e tudo voltava ao normal. Esse sistema foi desativado para o teste. Duas pessoas morreram na hora da explosão. 24 bombeiros morreram depois de serem levados ao hospital. Houve falha humana na explosão e também do reator. A pessoa pode ficar perto do reator por apenas 7 minutos. O reator resistiu até alcançar a temperatura de 2.000ºC.

O governo soviético demorou muito para avisar a população sobre o acidente ocorrido. A cidade de Pripyat próxima da usina é hoje uma cidade fantasma. Era uma cidade industrial. A usina nuclear produzia 10% de toda a energia da Ucrânia. Hoje foi construído um sarcófago de concreto armado em volta do reator. Foi construído fora do local e movido por trilhos para o devido posicionamento. Os efeitos da radiação são aqueles sentidos pelos portadores de câncer tratados por radiação: vômitos, queda de cabelos, diarreia, desidratação, fadigas, perda de consciência e morte.

O problema maior em doses altas é a hemorragia. O reator ficou queimando por duas semanas. Eles acharam que eram o radiador do reator que havia explodido. Conclusão: foram mais de 100 mil mortes. Para comparar o covid matou até hoje 1,5 milhões de pessoas (100 vezes mais do que o desastre de Chenorbil).

A Crimeia é uma península. Entre o Mar Negro e o Mar de Azov. Existem mais russos na Crimeia do que ucranianos. Em 26 de Fevereiro de 1992 – Com a dissolução da URSS a Ucrânia pegou a Crimeia para ela. E a Rússia interviu. E, em 21 de março de 2014, o presidente Vladimir Putin promulgou o acordo de adesão da Crimeia e da cidade de Sebastopol à Federação Russa. A Comunidade Internacional também interviu.

28 de fevereiro de 2014: foram ocupados os aeroportos da capital Sinferopol, e de Sebastopol. A tropa, muito bem uniformizada, equipada e armada, não ostentava qualquer identificação. No mesmo dia ocorreram o anúncio oficial de manobras antiterror para proteger a base da Frota do Mar Negro, sobrevôos da área por helicópteros russos e denúncia, por fontes militares ucranianas, da chegada de 13 aeronaves transportando dois mil militares russos.

  • - 1 de março: a Câmara Alta do parlamento russo autorizou o envio de “contingente limitado” de tropas à Ucrânia, dita missão de estabilização (sic) para resguardar a segurança de cidadãos etnicamente russos. Simultaneamente, o governo da Ucrânia denunciou a presença de quase 15 mil soldados, carros de combate e outros blindados na Crimeia. No mar, belonaves russas assediaram navios da Guarda Costeira ucraniana, próximo a Sebastopol.
  • - 3 de março: a Frota do Mar Negro cercou a sede da Marinha da Ucrânia. Ainda na Crimeia, a Base Aérea de Balbek, equipada com 45 aeronaves de caça, rendeu-se e fuzileiros navais foram cercados em Feodosia.
  • 5 de março 2014: segundo estimativas de Kiev, pelo menos dezesseis mil soldados russos estariam ocupando a Crimeia.
  • 6 de março: em seu discurso oficial, a Rússia insistia em afirmar que não mantinha militares na península. Acrescentava que as tropas empregadas na Crimeia não passavam de forças de autodefesa.
  • 7 de março: o governo de Kiev estimava o efetivo russo na península em trinta mil homens.
  • 13 de março: a três dias do referendo popular sobre o destino da Crimeia, a Rússia aumentou a pressão, dando início a novos exercícios militares em quatro regiões próximas à fronteira com a Ucrânia e na Bielorússia, aliada de Moscou.
  • 19 de março: sem resistência, foram invadidas e tomadas as bases das forças armadas ucranianas, na Crimeia. Em Sebastopol, o comandante da força naval russa chegou ao prédio da base naval da Ucrânia, na qual foi hasteada a bandeira da Federação Russa. Nenhum tiro havia sido disparado. A dissuasão e o emprego do poder militar tinham obtido êxito e aos ucranianos restava lamber as feridas. Passaram-se os dias e...
  • ... 17 de abril: em entrevista, o Presidente Putin admitiu, pela primeira vez, a presença de tropas russas na Crimeia. O mandatário disse que "Por trás das forças de autodefesa da Crimeia certamente estavam nossos militares. Comportaram-se de forma muito correta. Era necessário proteger as pessoas".
  • A deposição do presidente da Ucrânia, em 22 de fevereiro de 2014, o banho de sangue em Kiev e a vulnerabilidade decorrente facilitaram, na própria Crimeia, iniciativas para futura anexação.
  • Seu parlamento marcou para 25 de maio um referendo a fim de que a população se manifestasse sobre anexação à Rússia ou permanência integrada à Ucrânia, ainda que com maior autonomia.
  • Sem perda de tempo, o mandatário antecipou a consulta popular de maio para 16 de março. No dia seguinte ao referendo, foi divulgado que a opção "Você apoia a reunião da Crimeia com a Rússia, na qualidade de membro da Federação Russa?" obtivera 95,5% dos votos. O parlamento, por unanimidade, aprovou o referendo, declarou, oficialmente, a independência da Ucrânia e oficializou pedido de anexação à Rússia, concretizada, em Moscou, em 21 de março.


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