Cotidiano e História

 
 
 
   


 

Capitalismo: Uma ideia que não deu certo



 

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Blog do Dodô - por Luís Salvador Poldi Guimarães

 




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O Capitalismo não deu certo! Levou-nos a duas grandes guerras mundiais. As de 1918 e de 1945. E agora ao temor de uma devastação por agente invisível: o Coronavírus.

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Onde um nervosismo violenta nos perpassa a alma. Abrem-se as revistas, os jornais, a internet e o que vemos: muita violência nas publicidades; para mostrar as suavidades das lâminas de barbear mostra-se uma criança raspando o rosto com as três lâminas paralelas no aparelho Mach 3; maridos que espancam as esposas por ciúmes; velhos doentes necessitando de internação numa UTI lotada!

A França de 1945, com o fim da ocupação alemã, retratada por Paul Sartre. Quando perguntaram para Sartre o que ele sentiu, ele respondeu, eu sobrevivi. Os rádios ainda zumbiam. Aquela lembrança do cogumelo de fumaça de Hiroxima e Nagasaki.

Esta estranha presença de um passado que ainda não desapareceu. Acordamos, e em estado de consciência, percebemos que ainda estamos vivos! A sensação de 1948 era que o pós-guerra havia se encerrado quando os períodos de fome e de inflação haviam cessado. Aí vieram o boom fordista e a expansão do consumo. Uma paz garantida pela ameaça de outra guerra.

Estes fatos fez surgir a necessidade do colunista que busca nas palavras a perspectiva de não deixar esquecida pelos sobreviventes da história as lembranças de nossos ancestrais mortos. Numa tentativa desenfreada de manter presente o passado! Por um dever moral. Já que a memória se trata de uma qualidade moral. Esperando o retorno caduco da normalidade. Já que é preciso lembrar para poder esquecer.

Vivemos agora uma nova realidade ainda que traumatizada cujas feridas mal cicatrizadas esteja sempre prestes a serem reabertas. E o passado que se deseja esquecer por arrependimento permanece ainda mais vivo do que antes. O nazismo sobrevive tal qual um fantasma que não se desintegra. E o nacional-socialismo é cada vez mais ameaçador que as tendências fascistas contra a democracia.

Mesmo depois da Queda do Muro de Berlim e da sua Reunificação que colocam nazistas e comunistas no mesmo rol de criminosos do passado que feriram nossos espíritos. Milhões de judeus foram assassinados. O que esta civilização ainda espera? Que a barbárie será perpetuada? Tal qual Auschwitz.

A partir daí a Alemanha inicia um processo de reconstrução. Após o período de pós-guerra é que se inicia o capitalismo dito pós-liberal. Que na minha percepção está esgotado e não se sustenta mais. Marcados pela crise do liberalismo, a Grande Depressão (1929), ascensão do nazi-facismo (já discutido por mim na rádio Mimoso FM) e do stalinismo.

Chegamos em 1970, época do desmoronamento, com o colapso da União Soviética. E encerrando o século e iniciando o novo milênio veio o retorno das crises econômicas, crise da sociedade salarial, fim de Bretton Woods, desemprego em massa, crise climática, desflorestamentos, aquecimento global, desmonte do Welfare State. E os Anos Dourados se enevoaram. E o Estado de Bem-Estar Social (maior conquista do capitalismo) soçobrou.

Será que nada de bom se frutificou deste capitalismo selvagem? Claro que sim; em termos de Brasil tem-se o SUS - Sistema Único de Saúde. Imagine o Brasil agora sem o SUS neste surto do vírus Corona o que seriam dos pobres brasileiros que representam 90% da população brasileira. Sobrou também o time do Flamengo que montou uma Seleção de jogadores nunca vistos antes em nosso País. O aumento da expectativa de vida. E sobreviveu também a esperança de um povo católico e sua fé numa outra vida após a ressurreição com a promessa de um mundo perfeito regido por um Deus que se diz Perfeito por ser o Caminho, a Verdade e a Vida.

Mas, de qualquer forma, continue a Rogar por Nós!



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