Coronavírus uma ideia majestosa de Deus pela desigualdade social

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Independentemente das razões que impõem um isolamento ao ser humano, à morte não assusta a quem é pobre – Foto: Reprodução

Este vírus se aproxima muito dos pobres, digo dos homens comuns, que transitam entre fronteiras instáveis, submetidos a condições de vida sub-humanas. Independentemente das razões que impõem um isolamento ao ser humano, à morte não assusta a quem é pobre. O pobre já vive de teimoso que é! Sobreviver nesta convulsão social, nessa guerra pelo ter. Nesta crise de desemprego. Pela dificuldade de perceber-se integrante de uma sociedade que o considera estranho por não ter com o que contribuir. O dinheiro é a encarnação do Diabo! Fruto da inteligência e astúcia do Diabo forçando a todos humanos tê-los junto dele. Não conseguindo viver sem o Diabo. Que ainda trás gravados em sua estampa: Deus seja louvado!

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Do ponto de vista da criança rica é a maior das criações divinas. Vão estar junto de seus pais, uma raridade no mundo de hoje. Sem ter que acordar cedo para ir à aula. Quanta liberdade! O vírus prefere o adulto. Que sorte a nossa!

A primeira coisa a ser noticiada foi o fechamento dos Teatros da Broadway. Quando que um pobre brasileiro está interessado em apresentações da Broadway. Fechamento dos aeroportos. Quando que um brasileiro pobre andou de avião? Problemas com o turismo. O turismo do pobre aqui de Mimoso é fretar um ônibus para a praia de Marobá no dia de domingo. A viagem é mais ou menos assim: O leitor já deve ter ouvido falar no filme Lúcio Flávio o Passageiro da Agonia. Pois é, assim é a viagem de Mimoso para Marobá, trata-se da Agonia do Passageiro. Um ônibus barulhento, caindo aos pedaços, sem cinto de segurança, pneus carecas e muito, mas muito, frango com farofa. Chegando lá o primeiro ato é degustar uma "meiota". O Salva-vidas já conhece. Sabe que terá trabalho dobrado. Toda hora é um se afogando porque exagerou na "danada".

A segunda coisa a ser efetuada é a brincadeira de jogar areia um no outro brincando sempre de correr entre as meninas estendidas sobre a saída de praia. Voa areia pra todo lado. Um pandemônio de alegria e irritação dos outros banhistas. Sem contar que guando se reúnem é briga na certa! De tardinha, já muito bêbado, voltamos batucando os sambas enredos cariocas e os hinos do Flamengo.

Depois é dormir para trabalhar no outro dia. Se é que teremos emprego! Está tudo parado! Ainda bem que já estamos acostumados a pagar nossas contas sem dinheiro. Só com o "jeitinho brasileiro". Pagar contas com dinheiro (Diabo) é muito fácil. Quero ver é pagá-las sem dinheiro!

A morte para nós é um descansar no Paraíso. Para o rico não! Está preocupado com a briga pelas heranças. Quer viver a vida até dos filhos. Meu filho tem de ter um apartamento, um carro, uma boa profissão, tudo de bom! Observe que o rico fala o meu filho. Ele não diz as nossas crianças do Planeta. Isto não interessa para quem é rico. Jesus Cristo já dizia: Mais fácil passar um camelo num buraco de uma agulha do que um rico entrar no céu. O céu foi feito para o pobre. Por isso ele não tem medo de morrer parece até que cursou tanatologia.

É gente demais no Planeta! Deus, em sua suprema sabedoria. Envia a peste e Ele mesmo a manda embora independente da tecnologia humana edas prevenções pela vacina. Já foi assim com a Peste Negra, HIV, Ebola, hanseníase, varíola, béri-beri, gripe espanhola. Deus já está acostumado com tudo isso e sabe o que faz! Tá tudo sobre controle. Aliás, se fosse para Deus desfazer não teria feito! Eu já tinha avisado para vocês: não coma da árvore da sabedoria. Fique longe dos pecados. A morte é fruto do pecado. Este é Meu teste diante de vocês. Já fiz pior com Abraão. Já entreguei meu filho por vocês. E vocês se assustam com um probleminha à toa desses! Tenha fé! E ainda que judiado por vocês, Eu rogo por vocês!

E as velhas questões levantadas por Epicuro? Se a divindade desejasse evitar o mal e não evita é porque a divindade não tem este poder! Se a divindade pode evitar o mal, mas não pretende evitá-la ela é também do mal. Se a divindade é capaz de evitar o mal e deseja evitar o mal então a divindade acaba por ser o próprio mal.

Padre José de Anchieta relata que no ano de 1562 morreram de doenças cerca de 30 mil índios num período apenas de três meses. Os alemães mataram mais de 6 milhões de judeus. As guerras, Guatánamo, campos de concentração, esquadrão da morte, polícias, pestes, desgraças. Nada deu resultado nesta luta contra a vida.

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